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Salmo 90: Introdução e Contexto
O Salmo 90 é um dos mais distintos e significativos dentre os Salmos. É o único salmo atribuído a Moisés, o grande líder do povo de Israel, conhecido por sua comunhão íntima com Deus e por receber a Lei no monte Sinai.
O Salmo 90 foi escrito como uma oração, provavelmente durante o período do êxodo, enquanto o povo de Israel vagava pelo deserto em sua jornada para a Terra Prometida.
Este salmo é frequentemente classificado como um poema de sabedoria, pois reflete sobre a natureza transitória da vida humana, contrastando-a com a eternidade de Deus. Ele também destaca a importância de buscar a sabedoria divina, buscando viver em conformidade com os preceitos de Deus, reconhecendo a nossa finitude e a soberania de Deus sobre todas as coisas.
Versículo 1:
"Senhor, tu tens sido o nosso refúgio, de geração em geração."
Moisés começa o Salmo reconhecendo a proteção e refúgio que Deus tem sido para o povo de Israel ao longo das gerações. Deus é a fonte de segurança e amparo em meio às adversidades e incertezas.
Versículo 2:
"Antes que os montes nascessem e se formassem a terra e o mundo, de eternidade a eternidade, tu és Deus."
Neste versículo, Moisés enaltece a eternidade de Deus e Sua existência desde antes da criação do mundo. Deus é atemporal, transcendendo o tempo e o espaço.
Versículo 3:
"Tu reduzes o homem ao pó, e dizes: Voltai, filhos dos homens."
Moisés reconhece a transitoriedade da vida humana e a fragilidade da existência humana. Somos formados do pó da terra, e é a Deus quem determina o nosso tempo neste mundo.
Versículo 4:
"Pois mil anos aos teus olhos são como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite."
Aqui, Moisés destaca a diferença entre a perspectiva divina do tempo e a nossa. Enquanto mil anos podem parecer uma eternidade para os homens, para Deus, o tempo é como um breve instante.
Versículo 5:
"Tu os levas como corrente de água; são como um sono; de manhã são como a erva que cresce."
Neste versículo, Moisés compara a vida humana com a rapidez com que a água de uma torrente passa e com a efemeridade da vida da erva que cresce e logo se vai.
Versículo 6:
"De manhã floresce e cresce; à tarde corta-se e seca."
Continuando a metáfora da erva, Moisés enfatiza a brevidade da vida humana, que floresce por um momento e logo se encerra.
Versículo 7:
"Pois somos consumidos pela tua ira, e pelo teu furor somos conturbados."
Moisés reconhece a justiça de Deus e a consequência do pecado humano, que resulta na ira divina.
Versículo 8:
"Diante de ti puseste as nossas iniquidades, os nossos pecados ocultos, à luz do teu rosto."
O salmista reconhece a onisciência de Deus e que todos os nossos pecados estão diante Dele.
Versículo 9:
"Pois todos os nossos dias vão passando na tua indignação; passamos os nossos anos como um conto que se conta."
Moisés enfatiza que nossos dias passam sob a indignação de Deus, e nossa vida é como uma história breve e transitória.
Versículo 10:
"Os dias da nossa vida chegam a setenta anos ou, sendo mais robustos, a oitenta; neste caso, o melhor deles é canseira e enfado, porque tudo passa rapidamente, e nós voamos."
Aqui, Moisés estabelece a expectativa de vida humana, aproximadamente entre setenta e oitenta anos. Mesmo em seus melhores anos, a vida é repleta de trabalho e preocupações, e tudo passa rapidamente.
Versículo 11:
"Quem conhece o poder da tua ira, e a tua indignação, segundo o temor que te é devido?"
Moisés reconhece o poder e a justiça da ira de Deus, destacando o temor reverente que Lhe é devido.
Versículo 12:
"Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio."
Neste versículo, Moisés pede a Deus que nos ensine a valorizar cada dia e a buscar a sabedoria para viver de acordo com Sua vontade.
Versículo 13:
"Volta-te para nós, Senhor; até quando? Aplaca-te para com os teus servos."
O salmista clama por misericórdia e perdão, pedindo a Deus que Se volte para o Seu povo e acalme Sua ira.
Versículo 14:
"Farta-nos de madrugada com a tua benignidade, para que nos regozijemos e nos alegremos todos os nossos dias."
Moisés anseia pela manifestação da benignidade e graça de Deus, trazendo regozijo e alegria ao Seu povo.
Versículo 15:
"Alegra-nos pelos dias em que nos afligiste e pelos anos em que vimos o mal."
O salmista pede a Deus que, em Sua misericórdia, também traga alegria aos dias de sofrimento e aflição do Seu povo.
Versículo 16:
"Apareça a tua obra aos teus servos, e a tua glória sobre seus filhos."
Moisés ora para que Deus revele o Seu poder e glória ao Seu povo e às gerações futuras.
Versículo 17:
"E seja sobre nós a graça do Senhor nosso Deus; e confirma sobre nós a obra das nossas mãos; sim, confirma a obra das nossas mãos."
O Salmo conclui com uma oração pedindo a graça de Deus sobre Seu povo e que Ele abençoe a obra realizada pelas mãos dos Seus servos.
Conclusão: O Salmo 90 é um poema de sabedoria que nos lembra da brevidade da vida humana em contraste com a eternidade e a sabedoria de Deus. Moisés, o autor, reconhece a soberania divina e a transitoriedade da existência humana, enfatizando a importância de buscar a sabedoria que vem de Deus e viver em conformidade com Sua vontade.
É uma oração que reflete sobre a condição humana e busca o refúgio, a misericórdia e a graça do Senhor. Ao meditar sobre este salmo, somos lembrados da necessidade de valorizar cada dia e buscar uma vida de sabedoria, servindo a Deus em tudo o que fazemos, pois Ele é eterno e Sua fidelidade se estende de geração em geração.
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