A ciência que estuda a interpretação bíblica chama-se hermenêutica bíblica.
Ela é uma das ciências que todo pregador deveria conhecer. Mas, infelizmente, nem todos conhecem essa arte de interpretar textos. Ela tem por objetivo orienta o leitor para que o mesmo chegue ao sentido real da porção escriturística lida.
Ela baseia-se em uma regra fundamental de onde procedem as demais regras.
Compartilho com você agora a regra fundamental e as cinco regras de interpretação que o bom arauto de Deus não pode deixar de saber.
REGRA FUNDAMENTAL.
A Bíblia é a sua principal intérprete.
A Escritura é Explicada pela própria escritora. A bíblia explica a si mesma, ou seja, as dúvidas em determinado texto bíblico são sanadas dentro da própria Bíblia.
Sua interpretação não vem de fora, deve vir de dentro dela. A dúvida na interpretação bíblica de um texto deve ser sanada utilizando outro texto bíblico relacionado.
PRIMEIRA REGRA.
É preciso o quanto seja possível, tomar as palavras em seu sentido usual e comum.
Por isso que entender os usos e costumes e a linguagem do mundo Bíblico nos ajudam a compreender o sentido usual das palavras, consequentemente o sentido correto.
SEGUNDA REGRA.
É de todo necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da frase. Aqui trabalha o sentido da palavra dentro da frase. Então é preciso verificar o assunto que o autor está desenvolvendo para terminar o sentido de uma palavra.
As palavras mudam de sentido dependendo do assunto tratado. Por exemplo, as palavras sangue e corpo variam dependendo do assunto imediato.
Também vemos que a palavra “salvo” no AT geralmente se referia a algum livramento; já no NT, a salvação em Jesus Cristo.
TERCEIRA REGRA.
É preciso tomar as palavras em seu sentido indicado no contexto. Aqui trabalha o sentido da palavra dentro do contexto. É necessário analisar as porções de texto que vêm antes e depois do texto escolhido.
Quando se acha um texto obscuro na sua interpretação é preciso ver toda a unidade lógica e inteira em que o texto em apreço está inserido.
QUARTA REGRA.
É preciso tomar as palavras considerando o objetivo do livro. Aqui trabalha o sentido da palavra dentro do livro.
Por exemplo,
Os salmos foram escritos para louvar a majestade santa de Deus.
O livro de Atos teve por objetivo mostrar a continuidade do ministério de Jesus por meio da sua igreja.
As cartas paulinas são para doutrinação.
QUINTA REGRA.
É necessário consultar as passagens paralelas, ou seja, texto que tratem do mesmo assunto que o texto em questão.
Por exemplo, caso deseja falar de salvação, é preciso analisar outros textos que falam desse mesmo assunto.
Nenhuma doutrina deve ser afirmada em cima de uma única passagem, ela deve considerar toda a Bíblia. Deve-se, obrigatoriamente, considerar seus ensinamentos gerais.
CONCLUSÃO.
Portanto, ao analisar as cinco regras, percebemos o quanto é importante ler mais porções de texto e contexto para chegarmos a uma conclusão.
Então nunca devemos tomar textos isolados como base, pois, como dizem, texto sem contexto é pretexto para heresia.
IMPORTANTE!
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