Como pregar com liberdade e mais desenvoltura.


Se você chegou até aqui é porque deseja transmitir a mensagem da Palavra de Deus com muito mais eficiência. Como sabemos, esse é o desejo de todo pregador.





Ser eficiente na comunicação é um dever nosso e obrigação nossa de buscar aperfeiçoamento, uma vez que fomos chamados a anunciar as boas novas. Então falaremos agora algumas dicas para você saber como pregar bem.




Como Pregar Bem a palavra de Deus?


Para pregar bem, precisamos “falar a língua do povo” e, se for o caso, abandonar a linguagem rebuscada, pois de nada adianta falar e não ser entendido. O uso de um bom humor, abandono de vícios de linguagem e aprimoramento do vocabulário também devem ser buscados por quem quer pregar com eficácia.



A linguagem do pregador.


Expresse-se de forma a ser bem compreendido, use uma linguagem apropriada para cada tipo de público. Se culto, fale de forma culta; se simples, fale de forma simples.


Como você sabe, a mensagem bíblica é sempre a mesma, ela nunca muda, mas a forma de transmiti-la deve variar conforme a capacidade de compreensão de cada público. Ou seja, a sua linguagem, pregador, deve estar em harmonia com o auditório que lhe ouve.


Outro dia assisti um pregador, em certa parte da mensagem, ele cita a palavra “transcendência”, sem explicar ou definir o termo. Certamente, muitos devem ter ficado sem entendimento.


Entretanto, não significa que você deve evitar falar palavras técnicas do mundo eclesiástico, porém lembre de explicá-las, trazendo o seu significado.


Evite um dos grandes problemas dos pregadores de nosso tempo: pregam para impressionar, querendo mostrar que sabem muito da bíblia. Não faça como eles!


No entanto, vale ressaltar que o pregador não precisa ser desleixado com a sua forma de falar, mas deve expressar-se de forma compatível com um ministro do evangelho.


Em resumo, a forma de comunicar a Palavra de Deus precisa levar em conta as características dos ouvintes e, também, contemplar as pessoas com maior dificul­dade de entendimento. Afinal, de que serve o refinamento da linguagem se o auditório não acompanha?



A linguagem de acordo com o nível intelectual dos ouvintes.


Você, pregador, certamente ampliará as chances de sucesso da sua pregação se souber identificar o nível intelectual predominante dos ouvintes e se tiver habilidade para adaptar a mensagem à capacidade de compreensão deles.


Você não precisa ir longe para buscar ins­piração. Tudo que necessita para pregar está nas Escrituras Sagradas e na própria realidade deles.


A Bíblia é clara, trans­parente e verdadeira, mas somente será relevante em significado para os ouvintes se você conseguir transmiti-la ao nível deles.


Se os ouvintes tiverem baixo nível intelectual, você não poderá pregar com palavras incomuns, com as quais a plateia não esteja famili­arizada.


Por outro lado, se o público tiver boa for­mação intelectual, você poderá pregar valendo-se de palavras um pouco incomuns, pois o bom preparo dos ouvintes permitirá que, mesmo não conhecendo o significado de um ou outro vocabulário, consigam interpretá-lo dentro do contexto.


Portanto, o palavreado sofisticado vai dificultar o entendimento dos ouvintes e talvez até os deses­timule a acompanhar a pregação.



O uso de humor na pregação.


Se você costuma usar humor em suas pre­gações, cuidado para não se valer de ironias finas, com mensagens subentendidas. Ouvin­tes despreparados intelectualmente, de maneira geral, têm dificuldade para entender as sutilezas das tiradas bem-humoradas. Costumam pegar a palavra ao pé da letra e, em determinadas cir­cunstâncias, até se sentem ofendidos.


Por mais que respeitem a autoridade do pregador, chegam a se sentir magoados. Diante de plateias com essa característica, para que a pregação não encontre resistências, procure in­dicar de forma clara e inequívoca que se trata mesmo de uma brincadeira. Esse cuidado deve ser adotado também diante de plateias numero­sas, quando normalmente o nível dos ouvintes é bem diversificado.


Há, entretanto, oradores que chegam a fazer toda a pregação usando o humor e que con­seguem resultados excepcionais. Mesmo aqueles mais tradicionais, que não admitem nenhum tipo de brincadeira no púlpito, reconhecem que esses pregadores quebram essa norma, mas atin­gem seus objetivos e mantêm o público atento na mensagem.


Avalie bem suas características pessoais, como os fiéis receberiam as brincadeiras, qual o nível intelectual predominante dos que assistem às pregações, pondere as consequências e aja com prudência e bom senso. No caso de dúvida, não arrisque – tenha um comportamento mais equi­librado.


O vício de dizer “né”.


Vamos analisar agora um vício bem conhecido, que aparece com frequência nas pregações, o “né” no final das frases. O “né” na verdade é um dos inú­meros vícios que os oradores costumam apresen­tar em suas pregações, como “ok?”, “certo?”, “tá entendendo?”, “percebe?”.


O “né” e outros ruídos com a mesma carac­terística vão surgindo aos poucos, e o orador passa a usá-los em suas pregações até sem per­ceber. Por isso, para começar a eliminá-los, a primeira atitude é ter consciência da existência deles. Quando o pregador se conscientiza de que o né (vamos nos ater apenas a este vício para exempli­ficar), está presente com frequência em suas apresentações, ele se sente desconfortável e começa a afastá-lo da comunicação.


Se você perceber que o uso do “né” chega a ser excessivo, talvez tenha certa dificuldade para eliminá-lo completamente. No início, poderá até ficar chateado por não conseguir afastá-lo. De­pois de algumas tentativas, entretanto, você au­mentará o controle e diminuirá as repetições até chegar a um ou outro patamar nas suas pregações, fato que não chamará a atenção e será visto com na­turalidade.


Em alguns casos o “né” funciona como uma espécie de apoio para preencher um espaço vazio. Faz de conta que está perguntando com o “né”, quando na verdade só está querendo ganhar tempo até encontrar na mente o que precisa para dar continuidade à sua pregação.


Então, procure fazer as pausas em silêncio, sem o “né”, até que encontre a sequência do pensa­mento.



Aprimore o vocabulário.


Para pregar com eficiência a qualquer tipo de plateia, você deverá aprimorar cada vez mais seu vocabulário. Precisará se empenhar em torná-lo amplo e instantâneo, composto de palavras vari­adas para expressar com facilidade todos os seus pensamentos sem repetições desnecessárias.


Durante a pregação, uma pausa, uma palavra ou uma entonação diferente da planejada pode modificar a sequência elaborada quando estava naquele silêncio solitário, tendo como companheira apenas a folha de papel ou a tela do computador. Lembre-se sempre de que pensar é uma atividade, escrever é outra, pregar é outra ainda mais distinta. Pregue com a liber­dade de quem pensa, com a correção de quem es­creve, mas com a leveza de quem está falando.


Um bom treinamento para desenvolver essa habilidade de verbalizar o pensamento é ler ar­tigos de revistas e jornais, capítulos de livros ou versículos da Bíblia e, assim que puder, conversar a respeito dessas informações com alguém.


Em resumo, fale com o objetivo de ser bem compreendido até pelo menos indouto da plateia, use humor, abandone os vícios de linguagem e aprimore o seu vocabulário.






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